Hoje em dia se fala muito sobre inteligências artificiais, mas como a conexão entre nós humanos e esses sistemas se aprofundaram tanto?

O início da comunicação:

Você já ouviu um ruído? Não daqueles que ouvimos quando se conecta uma guitarra em um amplificador, nem o barulho urbano que nos acostumamos no dia a dia, quero dizer um ruído de comunicação mesmo.

As vezes é uma internet ruim que atrapalha sua chamada com algum amigo, ou talvez aquela linguagem rebuscada que um familiar seu usa no jantar de família, ou até mesmo, uma conversa que não parece humana.

Acho que muitos de nós já tivemos essa experiência: Estamos no começo dos anos 2000, você entra em um site e se depara com algo novo, um “Chatbot”, você tenta usá-lo por algum tempo mas logo percebe que ele é um robô limitado e nunca mais o usa.

Alguns anos se passam e você está perguntando ao ChatGPT qual a melhor receita de bolo de chocolate, ou para a Alexa qual a média de temperatura da sua cidade nessa semana, mas como isso aconteceu?

A melhora da comunicação:

É nesse momento que entra o “Design de Conversação”, uma forma de design que usa de base a comunicação humana e a psicologia para garantir uma boa interação entre a interface e o usuário.

Com o tempo descobrimos que a maioria das pessoas não tem a curiosidade de conversar com robôs, elas gostam da praticidade de conversar com um robô que se comporta como um humano, por isso o foco com o passar dos anos foi mudando.

O foco foi para melhorar a comunicação desses sistemas com os usuários, criando sistemas que espelham a nossa curiosidade.

O que não é design de conversação?

Com isso, fica difícil de pensar o que não tem uma influência dessa comunicação humana no mercado de design atual.

Seja quando um site ou aplicativo quer demonstrar uma linguagem mais amigável aos seus usuários, quando uma empresa em suas redes sociais usa a linguagem coloquial para se comunicar com seu público, ou até nesse texto quando uso exemplos para facilitar o entendimento, nós nunca queremos perder o fator humano.

Nesse contexto, o trabalho de um designer conversacional é de adaptar o sistema, não só a linguagem humana, mas também aos diferentes perfis de pessoas que ela atenderá e as diferentes situações que ele irá encontrar, fazendo com que ele nos entenda, e nós a entendê-lo também.

Conclusão:

Estamos em um mundo muito diferente do que aquele do início da comunicação entre sistemas e usuários, nesse contexto o Design de Conversação se destaca, uma forma de conectar estes dois mundos em uma única linguagem. O avanço nessa área, mostra que o foco em experiências mais humanas é o caminho, mas o desafio ainda não acabou. Garantir uma melhor experiência mesmo sabendo sobre os diferentes perfis de pessoas ao redor do mundo, essa sim será a maior conquista dos designers conversacionais.

O que é um ruído de comunicação?

É qualquer coisa que atrapalhe uma comunicação. Pode ser uma internet ruim de um amigo ou sua linguagem difícil de entender, até um chatbot que não se comunica como um humano.

Por que os primeiros chatbots não eram usados por muito tempo?

Os usuários perdiam interesse quando percebiam que esses robôs não conseguiam manter uma comunicação fluída e tinham dificuldade de entender seus problemas.

O que fez os chatbots evoluírem tanto?

Uma área do Design chamado “Design de Conversação”, ela foca em melhorar essa experiência da comunicação desses sistemas automatizados com o usuário, tentando se aproximar da experiência mais humana.

Qual é o papel de um designer conversacional?

Ele faz a ponte entre a conexão do usuário com o sistema, garantindo um melhor entendimento para ambos, mesmo com suas formas diferentes de se comunicar.